A importância das políticas monetária e fiscal na atração de investimento direto estrangeiro
Política monetária e política fiscal responsáveis contribuem para a atração do investimento direto estrangeiro em economias emergentes e em desenvolvimento, é o que diz estudo divulgado pelo Banco Central do Brasil.
Desde os anos 2000, economias emergentes e em desenvolvimento têm sido o principal destino do investimento direto estrangeiro, coincidindo com a adoção de metas de inflação como um sinal de credibilidade da política monetária. As contas públicas em níveis sustentáveis também são um atrativo por ser crucial para atingir a meta de inflação e, por consequência, reduzir os riscos relacionados ao investimento.
Numa análise dos dados de 75 países emergentes e em desenvolvimento entre 1990 e 2019, ao manter a credibilidade do banco central, reduzir desequilíbrio fiscais, adotar metas de inflação e manter as dívidas do governo em níveis sustentáveis esse grupo de país conseguiu atrair mais investimentos direto estrangeiro. Segundo os dados, um aumento de 10% na credibilidade do banco central aumenta o investimento estrangeiro direto em 0,17%. Uma piora de 10% no equilíbrio orçamentário e um aumento de 10% na dívida pública, reduz o investimento estrangeiro direto em 2,25% e 2,56% respectivamente.
O investimento direto estrangeiro, contribui com o crescimento econômico, transferência de tecnologia e formação de capital humano, influenciando o desenvolvimento nos países em que foram aportados.