A inflação da ceia de Natal e os impactos do fim do ano na produção industrial

A inflação da ceia de Natal e os impactos do fim do ano na produção industrial

A noite de Natal chegando, e como estão os preços daqueles itens que costumam estar presentes na ceia do dia 24 em tantos lares? De forma geral, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou 0,41% de alta para novembro/22, levando a inflação acumulada do ano ao patamar de 5,13%, enquanto a dos últimos 12 meses ficou em 5,90%. Dentro dos nove grupos mapeados pelo IPCA, esse valor percentual pode ter variações ainda mais incisivas, influenciando diretamente na escolha dos consumidores.

No Grupo Alimentação & bebidas, a alta foi de 0,53% em novembro, e de 11,84% com relação ao Natal de 2021. Entre os itens da ceia, o arroz teve aumento de 1,46% em novembro, mas 0,32% com relação ao Natal de 2021, enquanto a farinha de mandioca, ingrediente básico da tradicional farofa, teve 6,16% na variação mensal, e quase 35% em 12 meses. A batata inglesa quase não variou no mês (0,83%), mas teve acréscimo de 27,6% desde o período de festas de 2021.

Sem dúvida o alimento que mais chamou atenção foi a cebola, que teve 23,0% em novembro, e 166,21% em 1 ano, enquando o Tomate cresceu 15,71% no mês, mas teve deflação de 11,04% com relação ao Natal de 2021. Para quem não abre mão da proteína animal, a carne quase não variou em novembro (0,06%), e registrou 2,58% em 12 meses, tendo a carne de porco variado 0,88% no mês e -1,26% em 1 ano. O bacalhau por sua vez está quase 10% mais caro do que 12 meses atrás, e as aves 7,84%.

A azeitona e a maionese tiveram, desde o Natal de 2021, altas de 8,54% e de 32,14% respectivamente. E, para harmonizar, o vinho tinto ou branco, que teve decréscimo percentual de 0,56 em novembro, e alta de 5% desde o último período natalino, enquanto refrigerantes e água mineral tiveram 7,16% de alta no mesmo período de 12 meses.

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Impactos na indústria

O período natalino é também de mercado aquecido com a injeção do 13º salario, cuja estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para este ano foi de R$ 250 bilhões a mais na economia, quase 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A expectativa das vendas de Natal apontam para algo em torno de R$ 65 bilhões na economia, ajudando a elevar a produção da indústria e gerando mais emprego. 

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