Adeus ano velho: indústria brasileira na expectativa da retomada da economia em 2023
Com crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 1,5% de 2017 a 2022 e perspectiva de alta de 0,8% em 2023 e 1,5% em 2024 (Boletim Focus), alavancar o desenvolvimento econômico é o grande desafio para o ano que começa. Por parte da indústria, são esperadas ações do novo governo – tanto em âmbito federal quanto estadual – que sirvam de estímulo ao setor responsável por 72% das exportações e pela geração de 366,7 mil vagas de emprego no país (acumulado do ano em novembro, Novo Caged).
Dessa forma, o Plano de Retomada da Indústria em construção pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) espera medidas de curto prazo como a desoneração dos investimentos e exportações. O plano sugere ainda um maior protagonismo do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) como indutor do crescimento industrial e do comércio exterior, e a utilização de incentivos para o impulsionamento de fontes renováveis de energia.
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Em Pernambuco, cuja taxa de crescimento médio do PIB de 2017 a 2022 foi de 0,7%, ou seja, cresceu 50% abaixo da média nacional, os incentivos são ainda mais bem-vindos para recuperação econômica e retomada do crescimento acima da média nacional. Até novembro de 2022, dos US$ 2,18 bilhões das exportações, as indústrias de transformação no Estado foram responsáveis por US$ 1,99 bilhão, o que representa um domínio de 91,3% do valor total.
Como segmentos de destaque, pode-se citar a fabricação de produtos petrolíferos refinados (US$ 855,2 milhões), a fabricação de veículos automotores (US$ 354,2 milhões), a fabricação de plásticos e borracha sintética em formas primárias (US$ 291,1 milhões), a fabricação de açúcar (US$ 176,4 milhões) e a fabricação de bateria e acumuladores (105,6 milhões), que juntas somam US$ 1,78 bilhão.
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