
Atividade econômica cresce 0,4% em agosto, impulsionada pela indústria
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou crescimento de 0,4% em agosto de 2025, na comparação com julho. O avanço interrompe uma sequência de três quedas mensais consecutivas, mas veio abaixo da expectativa do mercado, que projetava alta de 0,6%.
O desempenho dos setores foi desigual. A indústria teve alta de 0,8%. No Brasil tem crescido a importação de bens de capital, o que pode sinalizar uma perspectiva positiva para os próximos meses ao melhorar os fatores de produção. O setor de serviços cresceu 0,2%, enquanto a agropecuária recuou 1,9%, refletindo a sazonalidade típica do setor, que tende a apresentar produção maior no primeiro semestre do ano.
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IBC-Br (Índice de Atividade Econômica)

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Apesar do resultado positivo em agosto, o ritmo de recuperação permanece contido, pressionado por uma política monetária ainda restritiva, com a taxa Selic mantida em 15% ao ano e por incertezas no cenário internacional, como a política tarifária dos Estados Unidos.
No acumulado do ano até agosto, a atividade econômica brasileira cresceu 2,6%. Em 12 meses, a expansão foi de 3,2%. O IBC-Br é uma ferramenta importante para o monitoramento mensal da economia e serve como indicador antecipado para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) quanto à definição da taxa básica de juros.


