Como o crescimento da China pode impactar a economia brasileira
Nesta segunda-feira (4), o governo chinês estabeleceu uma meta de crescimento de 5% para o ano de 2024. Para atingir o patamar traçado, o governo do país asiático lançará mão de alguns estímulos. Saiba como este panorama pode afetar a economia brasileira.
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, na apresentação de seu relatório de trabalho em reunião anual do Congresso Nacional do Povo, anunciou as medidas que serão tomadas. Dentre elas, destacam-se: um déficit orçamentário de 3% do PIB; US$ 138,9 bilhões de dólares em títulos do governo especial, que são utilizados para investimento em megaprojetos e setores que se alinham com o desenvolvimento estratégico do país; aumento de 7,2% do orçamento para a defesa e a criação de 12 milhões de empregos urbanos, que podem estimular o consumo.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Em 2023, o país exportou para a China, em dólares, US$ 104 bilhões e importou US$ 53 bilhões. Com o crescimento da economia chinesa é possível manter o bom desempenho das exportações brasileiras, principalmente em setores relacionados à soja, petróleo, minério de ferro e carnes (bovina, suína e de frango) e milho, produtos mais exportados para o país no ano de 2023.
Além disso, a China é um grande investidor estrangeiro no Brasil. De acordo com um estudo do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), entre 2007 e 2022, os chineses investiram US$ 75,6 bilhões em setores como energia elétrica, tecnologia da informação e veículos automotores. Esses investimentos contribuem com o desenvolvimento do Brasil e com a geração de emprego e renda. Caso a China mantenha o ritmo de crescimento, o cenário favorável pode continuar.