
Contando as moedas: quatro em cada 10 pessoas no Brasil seguem negativadas de acordo com CNDL/SPC
De um lado, queda na taxa de desemprego, deflação, confiança empresarial em alta, de outro, o nível de inadimplência no Brasil atingindo o maior patamar desde o início da série iniciada há oito anos: são 63,3 milhões de pessoas endividadas, quase 40% da população adulta no país em julho. Na comparação com julho de 2021, o aumento chegou a quase 9%, e cresceu 1% na relação com junho. O resultado foi divulgado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pela Sociedade de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
O alto contingente de pessoas com dívidas é um empecilho à retomada do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), já que o consumo pode ajudar a destravar e até potencializar um bom ritmo econômico. O aumento generalizado dos preços, que apesar da deflação anotada em julho segue em 10,07% no acumulado de 12 meses, aliado à falta de oportunidades no mercado de trabalho, à queda da renda média e às altas taxas de juros, terminam contribuindo para pressionar esse cenário de famílias endividadas.
Em média, cada pessoa negativada deve cerca de R$ 3,6 mil, sendo 60% ligadas às dívidas bancárias. Além de uma redução nos custos mensais, tentando equilibrar as entradas e saídas no orçamento, o cidadão precisa ser criativo na busca por rendas extras e ganhos de produtividade e sempre buscar se qualificar, o que pode abrir novas oportunidades no mercado de trabalho.