
Desemprego no Brasil atinge menor patamar para o 2º trimestre desde 2015
Com 9,3% no segundo trimestre de 2022, a taxa de desemprego atingiu o menor valor para o período desde 2015, quando registrou 8,4% naquele momento. Considerando as médias móveis trimestrais, essa é a terceira queda consecutiva da desocupação – conforme indica o gráfico 1 – depois de quatro períodos estáveis em torno de 11,2% (out-nov-dez/21 até o primeiro trimestre de 2022), totalizando agora cerca de 10,1 milhões de pessoas tentando voltar ao mercado de trabalho.
Como no primeiro trimestre do ano (jan-fev-mar/22) havia 11,9 milhões de pessoas sem emprego, observa-se uma redução no quantitativo de desemprego de quase 15% ao se comparar os trimestres de 2022. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínuado (PNAD contínua), anunciados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Sob a ótica da ocupação da força de trabalho, eram 95,2 milhões de pessoas ocupadas no primeiro trimestre. Com o quantitativo de 98,2 milhões registrado no segundo trimestre do ano, houve acréscimo de cerca de 3,1% na mão de obra, alcançando a maior marca desde o início da série histórica iniciada no ano de 2012. O resultado da ocupação é ainda 10% maior do que o mesmo trimestre de 2021, quando a pesquisa do IBGE divulgou 89,3 milhões de pessoas .
O entrave para o sentimento de melhora na economia, principalmente do consumo das famílias, continua sendo o rendimento médio real. No caso do efetivamente recebido no mês de referência e considerando as médias trimestrais desde o jan-fev-mar/20, há uma média negativa de -1,5% na taxa de variação. Ou seja, a renda vem caindo ao longo do período, sofrendo grandes perdas principalmente pela pressão inflacionária. Na comparação dos dois trimestres de 2022, houve uma queda de quase 7%, saindo de R$ 2.798,00 no primeiro trimestre para R$ 2.605,00 no segundo. O resultado de abr-mai-jun/22 é ainda 3,6% menor do que o mesmo período trimestral de 2021.
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Ao se comparar os salários médios de admissão, observa-se um aumento de 0,68% na relação de junho/22 com maio/22, de R$ 1.909,78 para R$ 1.922,77. No entanto, ao se comparar com junho de 2021, houve baixa de 5,1% no salário médio real de admissão no Brasil, de acordo com dados do Novo Caged.
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