Inflação de janeiro atinge 0,54% e é a maior taxa para o mês desde 2016
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou no mês de janeiro de 2022 um aumento de 0,54% na comparação com dezembro de 2021, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da redução da taxa por três meses consecutivos em relação ao mês anterior, este resultado foi o maior para mês de janeiro desde 2016. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10,38%, valor superior ao 10,06% registrado no acumulado do ano de 2021.
A tabela 1 apresenta as informações do IBGE quanto a variação mensal dos preços e do peso mensal em cada grupo de produtos e serviços para o Brasil. Nela é possível ver que o item “Transportes” foi o único com variação mensal negativa, provavelmente por não ter havido aumentos expressivos nos combustíveis em janeiro. Contudo, esta categoria de gastos é uma das que tem feito a inflação acumulada estar tão alta. As maiores variações positivas foram registradas nos itens de “Artigos de Residências” e “Alimentação e Bebidas”.
Na região metropolitana do Recife a inflação apresentou uma alta de 0,41% no mês de janeiro. A tabela 2 apresenta a variação mensal dos preços e do peso mensal em cada grupo de produtos e serviços para Pernambuco. Assim como a nível nacional, o item “Transportes” apresenta queda praticamente inexpressiva. A elevação de “Artigos de residência” no estado foi mais expressiva do que a registrada no Brasil. Já o maior peso para a inflação ocorreu em “Alimentação e bebidas” dada a importância desta categoria de gastos em nossa sociedade.
O índice de difusão é o percentual de itens pesquisados que apresentaram alta de preços. Quanto mais alto este índice de difusão, maior a probabilidade do processo inflacionário perdurar. Este Índice ficou em 73,21% em janeiro de 2022. Como mais produtos apresentaram aumento nos preços do que baixas ou manutenção, há indícios de que a inflação nos próximos meses ainda deve permanecer alta.