IPCA de agosto bate 0,23% puxado por alta na energia elétrica residencial
Com a conta de luz um pouco mais cara para as famílias, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,23% em agosto/23, levando o acumulado do ano para 3,23% e o acumulado em 12 meses para 4,61%. Em agosto/22, o agregado de 12 meses estava em 8,73%, quase o dobro do último registro de 2023.
Três dos nove grupos acompanhados pelo IPCA tiveram deflação no período: artigos de residência (-0,04%), comunicação (-0,09%) e alimentação e bebidas (-0,85%), enquanto habitação (1,11%), educação (0,69%) e saúde e cuidados pessoais (0,58%) obtiveram as maiores altas.
Dentro do grupo habitação, combustíveis e energia tiveram variação de 3,13% para cima, especialmente devido ao percentual da energia elétrica residencial (4,59%), que teve o maior peso para os consumidores em agosto/23. A explicação veio do término do bônus de Itaipu, um saldo positivo que havia sido incorporado nas contas de luz em julho (consumidores do Sistema Interligado Nacional), mas que deixou de fazer parte em agosto.
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Outros produtos que pesaram para as famílias no grupo habitação foram o papel toalha (2,01%), vidro (1,93%) e esponjas de limpeza (1,45%). Por outro lado, variaram de forma negativa pedras (-1,8%), limpador multiuso (-1,73%), madeira e taco (-1,54%), a realização de mudança (-1,16%), gás de botijão (-0,8%) e outros 13 itens (de 39 ao todo).
Já no grupo alimentação e bebidas, tiveram destaques as variações negativas de morangos (-16,98%), batata-inglesa (-12,92%), feijão carioca (-8,27%), tomate (-7,91) e do filé-mignon (-7,55%), esse último, inclusive, acumula queda de 17% no ano, enquanto as carnes de forma geral têm quase 10% de redução dos preços em 2023. Outras fontes de proteína com deflação em agosto/23 foram o peixe-filhote (-7,23%), o peixe-peroá (-6,49%), o leite longa vida (-3,35%) e ovo de galinha (-3,15%). Na parte das altas, o limão teve variação de 51,11%, o peixe-pintado de 8,57% e o azeite de oliva de 2,97%.