IPCA: índice de inflação nacional atinge maior alta para o mês abril desde 1996
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou 1,06% em abril, segundo publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (11/05). O registro é o maior desde abril/96, quando foi verificado 1,26%. A boa notícia é que, em comparação com o mês de março cujo índice alcançou 1,62%, a taxa de crescimento de abril foi menor. Em 2022, o IPCA acumula 4,29% e segue pressionando o cidadão brasileiro, que sente no dia a dia aquela sensação de perda de poder de compra do seu salário. No acumulado dos últimos 12 meses, o Brasil soma 12,13%.
Assim como na última divulgação do IPCA-15, o grupo dos transportes – com 1,91 pontos percentuais (p.p.) – puxou a alta do IPCA de abril, junto de alimentação e bebidas (2,06 p.p.) e de saúde e cuidados pessoais (1,77 p.p.). Adentrando nos transportes, mais uma vez os combustíveis alavancaram o item com 3,2% de aumento, sendo o etanol o vilão do mês: 8,44% de alta, seguido pelo óleo diesel, 4,74%, e pela gasolina, 2,48%. Para o grupo de alimentação e bebidas, o tomate e o leite longa vida obtiveram taxa de dois dígitos, respectivamente 10,18% e 10,31%. O pãozinho francês fechou o mês com alta de 4,52%.
Região Metropolitana do Recife
No recorte metropolitano, com 1,12%, o Recife reteve um aumento ligeiramente acima do nacional. Entretanto, no acumulado de 2022, a capital pernambucana soma alta no IPCA de 4,09%, abaixo do patamar brasileiro, e, na variação acumulada dos últimos 12 meses, 12,24%.
Os combustíveis registraram alta de 3,63% no Recife, sendo o etanol 5,56 p.p. e a gasolina 3,57 pontos. O tomate, por sua vez, teve quase 11% de aumento, enquanto o leite longa vida está 8,27% mais pesado no bolso das famílias, e o pão francês 4,36%.