Mercado de trabalho: 1 milhão de pessoas volta à ativa no Brasil e taxa de desocupação recua a patamares de 2016
A última divulgação do IBGE trouxe uma notícia relativamente animadora para a economia brasileira: aumento no número de pessoas de volta ao mercado de trabalho. Foi apenas um ligeiro aumento de 0,1 pontos percentuais, que levou a taxa de participação de 62,4% do trimestre terminado em abril para 62,5% em março-abril-maio de 2022. Isso significa algo em torno de 1 milhão de pessoas a mais de volta à ativa, aproximadamente 97,5 milhões de pessoas ocupadas na força de trabalho. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (médias móveis trimestrais) divulgada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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A pesquisa trouxe ainda os resultados para a taxa de desocupação: 9,8% no trimestre mar-abr-mai/22. Em 12 meses, a taxa vem caindo a um ritmo médio de 3,3% ao mês, voltando a patamares de 2016, última vez que a taxa esteve abaixo de dois dígitos. Olhando para os quantitativos, são cerca de 10,6 milhões de pessoas sem emprego, perto de 720 mil cidadãos a menos procurando vagas em relação ao trimestre de fev-mar-abr/22, e menos 4,6 milhões de pessoas quando se compara com o mesmo período de 2021.
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O maior entrave para a retomada completa da economia continua sendo o rendimento médio, que segue abaixo da média influenciado principalmente pela inflação, que tira o poder de compra do Real. O trimestre registrou R$ 2.568,00, apenas R$ 1,00 a mais que o trimestre imediatamente anterior, ou seja, praticamente não houve mudança. Embora esteja estável com relação ao trimestre de fev-mar-abr/22, o resultado é de piora na comparação como mesmo período de 2021, 5,3% a menos (R$ 2.713,00). Esse número limita mais o consumo das famílias e, consequentemente, a produção industrial, que fica restrita à demanda e confiança do consumidor.