Pernambuco fecha o ano de 2021 com a menor taxa de desemprego dos últimos 6 trimestres
Divulgada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no estado de Pernambuco diminuiu, chegando ao patamar de 17,1% no último trimestre de 2021, o menor nível divulgado para o ano.
O dado apresentado pelo IBGE traz sinais de recuperação da economia após registrar uma diminuição na taxa de desocupação, que passou de 19,3% no trimestre encerrado em setembro para os atuais 17,1%, recuando 2,2 p.p, ou seja, uma redução de 83 mil pessoas na situação de desemprego em Pernambuco. Na comparação com o mesmo período de 2020, a taxa apresentou uma redução de 2,3 p.p., quando a taxa de desocupação se encontrava em 19,4%, como é possível observar na Figura 1.
Apesar da tendência decrescente em maior intensidade observada em Pernambuco, o estado ainda é um dos que apresenta os maiores índices de taxa de desocupação no Brasil, ao lado da Bahia e do Amapá. A PNAD Trimestral também revelou que está havendo grande disparidade no momento econômico entre os estados brasileiros. Santa Catarina, por exemplo apresentou taxa de desocupação de 4,3%, a menor do Brasil.
A taxa de desemprego vem apresentando significativas reduções nos últimos trimestres, em contrapartida, a PNAD Contínua mostra que o rendimento médio real da indústria pernambucana também diminuiu no último trimestre de 2021, passando dos R$1.538 para R$1.428 na comparação com o trimestre anterior, o que representa uma queda de 7,2% no rendimento de trabalhador industrial. Na comparação com o mesmo período de 2020, a redução foi de 9,3%, onde na época o rendimento médio real na indústria de Pernambuco era de R$1.574.
Apesar da diminuição do desemprego no estado, a queda do rendimento médio real vem sinalizando que as contratações estão apresentando uma redução salarial. Mas o principal fator que justifica a diminuição da renda real é a alta da inflação, que nos últimos anos vem corroendo o rendimento médio real do trabalhador.
Outro indicador apontado na PNAD Contínua sobre o mercado de trabalho foi o da Taxa de Participação que, para o estado de Pernambuco, apresentou uma ligeira alta de 0,3 p.p., passando de 54,8% no trimestre que se encerrou em setembro para 55,1% no último trimestre de 2021. Já na comparação com o mesmo período de 2020, esta alta é de 2,2 p.p., quando na época a taxa estava em 52,9%. O comportamento da taxa de participação que vem avançando em meio à recuperação gradual da economia pode ser justificado também pela queda na taxa de desemprego, já que este está relacionado com o aumento das contratações formais e informais.