Perspectivas econômicas para 2024: inflação, resiliência do PIB e Selic em pauta
O Banco Central do Brasil (Bacen) divulgou nesta terça (02), o primeiro Boletim Focus de 2024. Os analistas consultados pelo banco projetam que a inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), alcance a ordem de 3,9%. Além disso, as projeções indicam um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,52%, sinalizando uma resiliência do desempenho econômico. No que diz respeito à taxa básica de juros (Selic), a previsão é que feche 2024 em 9%, sugerindo cortes nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Apesar da projeção para encerrar 2024 em 3,9%, a inflação encontra-se acima da meta de 3% para o ano, mas é esperado que o IPCA termine dentro do teto da meta, que é de 4,5%. Para a indústria em particular é importante o monitoramento da inflação visto que esta pode influenciar os custos de produção, matérias-primas e a demanda por bens manufaturados.
A estimativa de 1,52% para o PIB em 2024, sugere uma desaceleração em relação ao projetado para 2023 (2,92%). Essa desaceleração reflete no desempenho modesto do PIB no terceiro trimestre de 2023, quando cresceu apenas 0,1%. É relevante observar como a indústria se posiciona diante dessa tendência, considerando o impacto nas atividades manufatureiras, produção e emprego no setor.
As projeções do Boletim Focus indicam que a taxa básica de juros da economia deve encerar o ano em 9%, representando uma redução significativa em relação à taxa atual de 11,75%. A expectativa sugere a continuidade do ciclo de cortes nas próximas reuniões. Taxas de juros mais baixas favorecem investimentos, financiamentos e consequentemente, o consumo. Além disso, custos de financiamentos mais acessíveis podem estimular a demanda por bens duráveis, impulsionando esse setor da indústria.
