Preços da indústria recuam pela 5ª vez seguida em dezembro e fecham 2022 com acumulado de 3,13%
Com variação de -1,29% em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) da Indústria Geral brasileira emendou cinco resultados negativos em sequência, puxando o acumulado do ano para 3,13%, o terceiro menor valor da série histórica iniciada em 2014. Como em 2021 o IPP acumulado havia registrado 28,45% para o mesmo período, a diferença com o acumulado de 2022 bate os 25 pontos percentuais para menos, confirmando um cenário de deflação da indústria iniciado em agosto/22. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As indústrias de transformação seguiram um comportamento semelhante ao da indústria geral no que se refere ao IPP: cinco resultados em sequência de variação negativa, com início em agosto/22. Em dezembro, o índice registrou -1,0% para a transformação, levando o acumulado no ano para 3,7%, exatos 25,6 pontos mais baixo do que o acumulado de 2021.
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De acordo com o IBGE, a principal explicação para esse resultado de 2022 vem da redução dos preços das commodities, especialmente minério de ferro, barril do petróleo e insumos fertilizantes. Houve ainda decréscimo do valor do óleo bruto, que tem influência direta nas indústrias extrativas e ajudou na redução dos custos ao longo da cadeia do setor, levando, assim, o acumulado do ano das extrativas para uma deflação de -7,92%, quase 22 pontos mais baixo do que o resultado de 2021.
Além das indústrias extrativas, outros seis segmentos fecharam 2022 com deflação no acumulado do IPP. Entre eles, estão a fabricação de móveis (-1,16%), a fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,23%), a preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-9,08), e a fabricação de produtos de maneira (9,83%). Os dois últimos percentuais deflacionários vieram da fabricação de outros produtos químicos (-11,83%) e da Metalurgia (-12,0%).
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