
Preços para indústria registram deflação pela quarta vez seguida em novembro de acordo com IBGE
Com -0,54% em novembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) da Indústria Geral alcançou o quarto resultado negativo em sequência na variação mês a mês, dessa vez menos intenso que os anteriores (linha azul da figura 01 se aproximando de zero). Essa diminuição da intensidade sinaliza para um futuro aumento nos preços da indústria, que pode pressionar a inflação para o consumidor no médio e longo prazo. No acumulado, o IPP fechou novembro com alta de 4,47% no ano, e de 4,39% para os últimos 12 meses.
Comportamento similar ao da Indústria Geral foi registrado para as Indústrias de Transformação, que obtiveram variação negativa de 0,48% na mesma comparação mensal, também menos intensa do que nos meses de agosto, setembro e outubro (colunas laranjas da figura 01). Esse movimento também indica uma tendência de alta nos preços mais à frente. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Das 24 atividades industriais acompanhadas pelo IPP, nove tiveram variações positivas na comparação com o mês anterior, e as outras 15 apresentaram variações negativas. Contudo, a maior responsável pela queda nos preços foi o setor da indústria química, que obteve -4,41% de variação. A explicação vem do recuo dos preços dos adubos, que parecem estar voltando ao fluxo normal de comércio anterior ao conflito Rússia-Ucrânia, e começaram a cair no mercado internacional. Esse movimento foi determinante para a baixa no segmento pois o Brasil tem forte dependência da importação desses produtos.
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Outras atividades com deflação na variação mensal foram a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-1,48%), a fabricação de produtos de borracha e de material plástico (-1,26%) e a confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,25%). Do lado das altas, destaque para a fabricação de produtos do fumo (2,38%), a fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (2,04%), a impressão e reprodução de gravações (1,95%) e a fabricação de bebidas (1,43%).
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