Tudo igual: Copom decide por manutenção da Taxa Selic com ambiente externo ainda adverso
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve em 13,75% a Taxa Selic, em sua 250ª reunião realizada no final de outubro/22. Em nota, o Copom afirmou que, além do ambiente externo adverso e volátil, há um aumento da sensibilidade referente à questão fiscal, inclusive nos países avançados, mas principalmente nos emergentes. Outro assunto destacado pelo Copom foi a atividade econômica no Brasil, que tem um conjunto de indicadores apontando para um crescimento, mas em um ritmo mais moderado.
A inflação permanece elevada ao consumidor, embora as medidas tributárias tenham resultado em queda “concentrada nos itens voláteis”. De acordo com a nota divulgada, as diversas medidas para conter os choques de inflação alcançaram um resultado acima do intervalo para o cumprimento da meta, com expectativa de 5,6% para 2022. Contudo para 2023 e 2024, as expectativas sinalizam para um retorno à meta, projetando respectivamente 4,8% e 2,9%. Entre os fatores de risco para a inflação, a ata destacou a existência de uma maior persistência das pressões inflacionárias globais.
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Para a indústria brasileira, a manutenção da taxa em 13,75% pode representar o ponto de retorno de um ciclo de uma política monetária contracionista, que elevou os custos da atividade econômica para um alto patamar. Os juros em um nível menor tendem a ajudar no impulsionamento da economia, incentivando o consumo e investimentos, aquecendo o mercado e consequentemente gerando mais oportunidades de emprego e renda.
A expectativa do mercado para a taxa em dezembro é ainda de 13,75%. Só para o próximo ano se projeta uma sequência de queda moderada da Selic, que deve chegar ao fim de 2023 com 11,75%.